Prefeitura cria rede de proteção socioemocional para crianças e adolescentes das escolas municipais

Já é uma realidade em Linhares o Programa de Orientação Psicossocial de Acolhimento e Intervenção Escolar (Opaie), uma rede de proteção voltada às crianças e aos adolescentes matriculados na rede municipal de ensino. Funcionando na sede da Secretaria de Educação, os estudantes serão atendidos por uma equipe formada por psicólogo e assistente social, conforme demandas identificadas nas unidades escolares pelos profissionais da educação.

O programa se estenderá também ao atendimento do corpo docente. As principais ações a serem desenvolvidas pelo programa são as reuniões no âmbito escolar para construção de intervenções mediante evidências de demandas; a identificação das questões psicossociais que impactam a comunidade escolar; mapeamento da rede de proteção à criança e ao adolescente, de atendimento público em saúde, assistência social e demais instâncias, estabelecendo parcerias; a construção de formulários e protocolos para orientar as escolas no acolhimento e encaminhamento de demandas psicossociais, quando for o caso.

Também atuará na promoção de ações de prevenção e intervenção, visando a melhoria da saúde emocional no ambiente escolar; e firmará parcerias entre as secretarias de assistência social e de saúde, bem como instituições privadas, instâncias jurídicas, organizações não-governamentais, da sociedade civil, organizações sociais, da sociedade civil de interesse público, dentre outras.

A secretária municipal de Educação, Maria da Penha Valani Giuriatto, explicou que o trabalho que será desenvolvido pelo Opaie, em sintonia com as equipes educacionais das escolas, vai além da proteção dos estudantes. Ele tem, também, o propósito de contribuir com a melhoria do aprendizado e das relações humanas como um todo.


“É importante ponderar alguns pontos fortes que pretendemos atingir com a implantação do Opaie, como melhoria do vínculo afetivo dentro do ambiente escolar, o respeito, a empatia, o autocuidado, além da preparação dos jovens para o futuro. Nosso objetivo é conseguir mudar comportamentos inadequados, reduzir a evasão escolar, ter mais participação da família e, ainda, melhorar a relação entre professor e aluno”, destacou a secretária.


Maria da Penha enfatiza que os psicólogos e assistentes sociais que atuarão no Opaie também ficarão responsáveis por orientar gestores e coordenadores sobre eventuais sinais passíveis de identificação de traumas e abusos entre os alunos, além de conduzir testes e ferramentas psicológicas, conforme planejamento de cada escola.

Os temas abordados nas atividades de prevenção e intervenção com os estudantes serão definidos pela frequência com que eles emergirem no processo de identificação de demandas, devendo as ações respeitarem o calendário escolar e demais previsões do ano letivo.