Professores que atuam em salas de recursos iniciam formação

Teve início na sexta-feira (28) a formação dos professores que atuam nas salas de recursos, que são espaços destinados a atividades lúdicas que favoreçam o desenvolvimento das funções executivas dos alunos da Educação Especial, um complemento estratégico dos conteúdos trabalhados na sala de aula comum. Até novembro, os professores se reunirão uma vez por mês com formadores da Secretaria Municipal de Educação de Linhares (Seme) para estudo e planejamento das atividades aplicadas nesses espaços.

A técnica pedagógica da Seme, Agda Lopes da Silva Almeida, explicou que o município conta hoje com 26 professores atuando nas salas de recursos no atendimento educacional especializado, e destaca o que foi abordado nesse primeiro momento. “Dentre os assuntos, destacamos o perfil do profissional, as características de algumas deficiências, quais documentos são utilizados nas salas de recursos, explicando, por exemplo, como analisar o laudo médico, identificar o tipo de medicamento utilizado e as características da criança assistida”, pontuou.

Os alunos frequentam as salas de recursos na contraturno escolar. No local, entre as atividades estão os jogos para o desenvolvimento das Funções Executivas, que são habilidades necessárias para o controle dos pensamentos, emoções e ações da criança, artes cênicas, musicalização, oficinas, e por meio de uma sequência de imagens, a produção de texto em Libras, seguida da produção de texto no português escrito.

O professor Raimundo Lobato dos Santos, que trabalha há 11 anos com a educação especial, e este ano está na Emef “Zeferino Batista Fiorot”, falou sobre a importância das formações. “Essa troca de experiência nos ajuda nas atividades aplicadas nas salas que muito contribuem no desenvolvimento das crianças, porque lá elas interagem, socializam e desenvolvem habilidades. E nosso trabalho precisa ser em parceria com a família. Eu sempre falo com os pais a importância desse trabalho, mas ainda nos deparamos com pais que acham que os filhos vão para sala de recursos para brincar, quando na verdade, existe o momento de brincar e interagir, e também das atividades, que por meio de jogos pedagógicos e adaptados, que não são cansativos, estimulamos as crianças”, disse o professor.

A Educação Especial atende nas salas de recursos alunos com Transtorno Do Espectro Autista (TEA), Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), com Deficiência Intelectual e outras deficiências.

“Os professores das salas de recursos precisam estar em constante formação, porque de um ano para o outro o profissional pode se deparar com uma criança com uma nova necessidade. O município tem a responsabilidade de formar os profissionais das salas de recursos e pensar, principalmente, em munir os novos profissionais da rede de informações e conhecimentos. Os pais também têm um papel importantíssimo nesse processo e precisam estar engajados levando os filhos para a sala de recurso”, disse a secretária municipal de Educação, Maria Olímpia Dalvi Rampinelli, pontuando que a Prefeitura também ministrará cursos de formações para os pais e responsáveis.