Escola no bairro Nova Esperança combate vandalismo oferecendo serviços à comunidade

Em janeiro deste ano, adolescentes invadiram a Escola Municipal de Ensino Fundamental Adelson Del Santo, no bairro Nova Esperança, e quebraram refletores externos, torneiras e o alambrado da horta. Não foi a primeira vez. Em busca de combater esses episódios, a equipe da escola resolveu abrir suas portas à comunidade.

No último sábado (14), por meio do "Dia da Família na Escola", uma manhã inteira foi dedicada a atender os familiares dos alunos matriculados na EMEF com serviços como cortes de cabelo masculinos e femininos, escova, manicure, maquiagem e design de sobrancelhas. Tudo de graça!

Oficinas de confecção de chaveiros, pintura de toalhas e dobraduras também fizeram parte da programação, que contou ainda com salas de aconselhamento jurídico, contação de histórias, cinema, pintura de rosto, aferição de pressão e teste glicêmico.

"Eu estou achando uma maravilha!", disse a dona de casa Jeane Pereira de Oliveira, de 23 anos, que é mãe da aluna Fernanda, de 7 anos. "Muitas mães que não tinham essa oportunidade, hoje estão tendo. É a primeira vez que eu passo todo esse tempo na escola", revelou.

O aposentado Lauriano de Oliveira, 65 anos, avô do aluno Udson, de 11 anos, também gostou muito da ação. "Devemos valorizar muito esse lugar. A família tem que estar perto da escola. Em todas as reuniões que posso eu venho", disse. "Nossos filhos ficam muitas horas na escola todos os dias. Precisamos saber o que eles estão fazendo nesse tempo".

O evento faz parte da estratégia da equipe da EMEF de humanizar a escola trazendo a comunidade para dentro dela. "Estamos buscando fortalecer essa parceria escola-comunidade, que ainda é muito deficiente por aqui. Os pais vêm à escola, mas não ficam muito tempo. Queremos que eles vejam de perto como é nossa escola", afirmou a diretora, Valdimara da Silva Salarolli.

Segundo ela, a distância entre a escola e a comunidade faz com que, quem mora em volta, se esqueça que também precisa cuidar da instituição de ensino. "Ano passado, tínhamos uma horta linda do projeto ‘Mais Educação’. Mas, por causa da depredação de alunos que invadiam a escola nos fins de semana, tivemos que recomeçar tudo do zero", contou. "Eles precisam ver que esse patrimônio é deles. Estamos querendo humanizar nossa escola em busca de combater essas atitudes", apontou.

A ação, planejada desde fevereiro, atendeu mais de 500 pais e familiares de alunos. Instituto Embelezze, Procon, Faceli e voluntários da comunidade foram parceiros da iniciativa.