História: Linhares comemora 150 anos da visita do imperador Dom Pedro II

Há 150 anos, Linhares teve a honra de receber uma importante visita: o imperador Dom Pedro II, que ficou pela cidade durante os dias 03, 04, 05 e partiu no dia 6 de fevereiro de 1860. A Seccional Regional de Linhares do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo (Serlihges) sabe da importância dessa visita e por isso, comemora nesta quinta-feira, 2 de dezembro, data do aniversário de Dom Pedro II, os 150 anos da visita do imperador à cidade.

As comemorações da data terão início na sede da Serlihges, que na época era antiga Casa da Câmara. Às 18:30h, terá início uma reunião festiva na casa, que receberá um retrato de Dom Pedro II ainda jovem, com 35 anos, que ficará exposto no local.

De lá, às 20h, os participantes caminharão pela Rua da Conceição, passando pela Igrejinha Velha e chegando ao Centro Cultural Nice Avanza, que receberá uma placa referente a visita do imperador à Linhares. Na placa, os seguintes dizeres: Sesquicentenário (150 anos) da vinda de sua majestade, o imperador Dom Pedro II à Linhares. A placa ficará fixada no Centro Cultural para relembrar essa data tão importante para a história da cidade.

Um pouco sobre a visita
Informações do livro "Vultos, Fatos e Lendas linharenses", de Lastênio Calmon Junior.

Em Linhares, desembarcou no dia 3 de fevereiro de 1860, às 23:45h, no porto do Rio Juparanã, nosso chamado Porto de Cima, que, mais tarde, sob a presidência do Conselheiro Municipal Joaquim Francisco da Silva Calmon, foi todo calçado de pedras, trazidas da Lagoa Juparanã.

Às 6h40 do dia 4 de fevereiro de 1860, partiu D. Pedro e sua comitiva rumo à Lagoa Juparanã, em a canoa "Nova Emília", do Comendador Rafael Pereira de Carvalho. Às 23h, chegavam a Linhares, de regresso.

Na manhã seguinte, sábado, 5 de fevereiro de 1860, D. Pedro II visitou a Igreja Católica, edificada por Francisco Ravara e concluída em setembro de 1858. Parte do dia, passou D. Pedro a conversar com o povo e principalmente com os índios, tomando apontamentos e vendo-os dançar e fazerem demonstrações de arco e flecha. Às 16:20h, tomou a mesma canoa da véspera e partiu com as demais pessoas para  foz da Lagoa Juparanã-Mirim ou Lagoa Nova, como é mais conhecida.

À noite daquele dia 5, D. Pedro recolheu-se cedo, pois, no dia seguinte, pela madrugada, despedir-se-ia de Linhares, descendo o Rio Doce, em canoa, até encontrar o Pirajá, que o levaria ao "Apa", em Regência.