Emef Efigênia Sizenando, no distrito do Farias, recebe projeto Maria da Penha Vai à Luta

A violência contra mulheres é considerada uma das principais violações aos seus direitos, atingindo direitos à vida, saúde, integridade física, entre outras dimensões. Dentre as manifestações de violência, encontram-se a física, moral, sexual, patrimonial, psicológica, institucional, assédio, importunação sexual e tráfico de mulheres.

Nesse contexto, o projeto “Maria da Penha Vai à Luta”, uma parceria da Prefeitura de Linhares, por meio da secretaria de Assistência Social, das Polícias Civil e Militar, chegou à Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Efigênia Sizenando, no distrito do Farias. Uma roda de conversa foi realizada com os estudantes do 5º. ao 9º. anos da unidade de ensino. Toda a dinâmica foi organizada e coordenada pela diretora da Emef, Tânia Salomão.

A roda de conversa também alinhada ao projeto “Tudo Começa Pelo Respeito” coordenado pelas professoras Ana Cristina Soprani e Claudicéia Sagrillo em que o tema Mulher é abordado no decorrer deste mês de março.

Além da conscientização de alunos, servidores e famílias sobre a Lei Maria da Penha, o projeto levado à unidade de ensino aborda as normas de combate e prevenção à violência doméstica, distribuição de material informativo, com linguagem acessível aos jovens sobre a lei, assim como o incentivo da participação da comunidade escolar na construção de políticas públicas de enfrentamento à esse crime.

“Precisamos falar a língua dos jovens, nos conectar com eles e sensibilizá-los sobre a importância de quebrar certos padrões violentos de comportamento. Isso vai nos levar a uma sociedade mais justa e igualitária. É preciso escutar o que eles têm a dizer, o que pensam e sentem”, avalia a professora Ana Cristina Soprani.

A Lei Maria da Penha define o que é violência doméstica e familiar e caracteriza as suas formas, sendo elas a violência física, moral, psicológica, patrimonial e sexual. Outro avanço importante que ela traz é a que ela insere a criação de políticas públicas de prevenção, das medidas protetivas e de um atendimento humanizado.

“Até então essa violência era encarada como uma questão familiar, o que é um erro. Garantir a segurança, dignidade e respeito às mulheres é uma responsabilidade do Município, do Estado, de todos, lembrando que toda a população pode também contribuir para uma sociedade que respeita meninas e mulheres”, afirma Olga Leppaus que é quem conduz as palestras e é coordenadora do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Linhares.

Os objetivos do projeto Maria da Penha Vai à Luta são impulsionar a reflexão crítica entre estudantes, profissionais da educação e comunidade escolar sobre a prevenção e o combate à violência contra a mulher; promover a igualdade entre homens e mulheres, de modo a prevenir e a coibir a violência contra a mulher.