No mês das Crianças, Saúde reforça importância da vacinação contra a pólio
Neste Mês da Criança, em que Linhares promove um intensivo de vacinação, a secretaria municipal da Saúde (Semus) de Linhares reforça a importância de que as crianças com menos de 5 anos sejam levadas às unidades de saúde para receber a vacina contra a poliomielite.
A vacina está disponível sempre em 31 salas de vacinação dos bairros e do interior, de segunda a sexta-feira, das 8 ás 16 horas. E aos sábados, sempre das 8 às 12 horas, na Unidade Sanitária de Linhares (USL), no bairro Colina, onde funcionava o antigo Hospital Talma.
Para os papais e mamães que trabalham, a secretaria municipal de Saúde mantém horário estendido em três unidades de saúde que também podem vacinar contra a polio, das 17 às 20 horas. São elas: Unidades de Saúde do Planalto, Caic (Interlagos) e do distrito de Bebedouro.
Público alvo
Todas as crianças de 1 ano a 4 anos – mesmo as que estão com a carteira vacinal em dia – devem ser levadas às unidades de saúde para receber a dose extra da vacina contra a poliomielite, reforçando a proteção dos pequenos e ampliando a barreira contra a possível circulação do vírus.
E em Linhares a situação merece um alerta. De acordo com a plataforma Vacina e Confia da secretaria de estado da Saúde (Sesa) té o momento, apenas 51% do público-alvo foi vacinado, o que corresponde à 5.747 crianças.
A meta preconizada pelo Ministério da Saúde é de 90% de um público-alvo de 10.693 crianças. Linhares possui 11.135 pacientes na idade de 1 a 4 anos cadastradas e aptas a receber a dose da vacina.
“Poliomielite não tem cura e não podemos correr o risco de essa doença voltar a circular entre nós. Isso só será possível com o aumento da cobertura. A vacina é um ato de amor e de proteção, evita o risco de as nossas crianças sofrerem as sequelas graves que essa doença pode causar”, afirma o secretário municipal de Saúde, Saulo Rodrigues Meirelles.
Todas as salas de vacinação de Linhares estão preparadas para receber os pais ou responsáveis e é indispensável levar a caderneta de vacinação das crianças.
“Precisamos aumentar a cobertura vacinal da poliomielite para fazer um ‘cordão sanitário’ que evite a circulação desses vírus na cidade”, diz a diretora da Vigilância Epidemiológica da Prefeitura de Linhares, Jackelene Ramos.
Sequelas graves
A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença infectocontagiosa aguda causada pelo poliovírus. A doença não tem tratamento específico.
A poliomielite pode causar sequelas graves, como paralisia dos membros (em geral, das pernas), insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar à morte. As sequelas estão relacionadas com a infecção da medula e do cérebro e não têm cura. A principal ferramenta para evitar a doença é a vacinação.
O Brasil não registra casos da doença desde 1989 e mantém o certificado de eliminação da pólio em 1994, mas o vírus continua presente em outros países, aumentando a necessidade de medidas preventivas. Em julho, um caso da doença foi confirmado em Nova Iorque (EUA) e, recentemente, o vírus foi detectado no esgoto novaiorquino e de Londres (Inglaterra).
