Monckeypox: médicos e enfermeiros passam por treinamento em Linhares

O treinamento aconteceu no auditório da Câmara Municipal de Linhares e reuniu profissionais de saúde vinculados à Prefeitura de Linhares

Os profissionais foram capacitados em relação à patologia, à epidemiologia e ao fluxo da Atenção Primária à Saúde no atendimento ao paciente suspeito ou confirmado da doença. Foto: Secom/secretaria de Saúde.

Médicos e enfermeiros das Unidades Básicas de Saúde de Linhares participaram nesta segunda (12), de uma capacitação sobre a doença Monkeypox, conhecida popularmente como varíola dos macacos. A qualificação aconteceu no auditório da Câmara de Linhares e foi organizada pela Atenção Primária à Saúde e Vigilância Epidemiológica, com a participação da médica infectologista Alessandra Shirley Pereira dos Santos.

Os profissionais foram capacitados em relação à patologia, à epidemiologia e ao fluxo da Atenção Primária à Saúde no atendimento ao paciente suspeito ou confirmado da doença. O treinamento incluiu também a aula prática da coleta do teste diagnóstico para Monkeypox e simulação de coleta de amostras das lesões para diagnóstico.

De acordo com a Secretaria de Saúde, o objetivo é preparar os profissionais do município para melhor enfrentamento de eventuais casos da doença. “Estamos todos em alerta e mobilizados para oferecer o melhor atendimento aos moradores, baseados nos documentos técnicos e protocolos da Secretaria da Saúde do Espírito Santo, do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde”, reforça o secretário de Saúde, Saulo Rodrigues Meirelles, ao pontuar que palestras e cursos de atualização dos profissionais municipais serão realizados sempre que necessário.

Sintomas e prevenção

O principal sintoma da varíola dos macacos é o aparecimento de lesões parecidas com espinhas ou bolhas pelo corpo. Podem surgir febre, dor de cabeça, caroço no pescoço, axila e virilha, calafrios, cansaço e dor muscular. Para prevenir é recomendado evitar o contato íntimo com infectados ou pessoas que possuem lesões na pele, higienizar as mãos com frequência e evitar o compartilhamento de roupas, toalhas, copos, talheres e objetos pessoais.

Segundo o Ministério da Saúde, com a erradicação da varíola, a vacinação foi suspensa em todo o mundo por volta de 1980. No Brasil, campanhas mais robustas ocorreram até 1975, mas até 1979 o imunizante era aplicado nos postos de saúde. Os indícios apontam que quem nasceu antes dessa data e foi vacinado está protegido contra a Monkeypox. A média de idade dos contaminados está abaixo dos 38 anos. O Ministério da Saúde informou que não há previsão de vacinação no Brasil, mas que está em contato com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para adquirir o imunizante.