Após ações do Janeiro Roxo, combate à hanseníase continua nas unidades de saúde de Linhares

A hanseníase causa manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele. É uma doença infecciosa, mas tem cura

Quem precisar de orientação ou tiver sintomas sugestivos de hanseníase deve procurar a unidade de saúde mais próxima. Fotos: Secom/Felipe Reis.

Após as ações realizadas no último mês, por ocasião do “Janeiro Roxo”, campanha de conscientização e sensibilização de combate à Hanseníase, a Secretaria de Saúde informa que o tratamento da doença é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), e no Núcleo de Atenção às Políticas de Saúde (NAPS), durante todo o ano. Quem precisar de orientação ou tiver sintomas sugestivos de hanseníase deve procurar a unidade de saúde mais próxima.

Embora a hanseníase seja uma das doenças mais antigas do mundo, ainda é um problema de saúde pública. Em 2016, o Ministério da Saúde oficializou o Janeiro Roxo como um mês de conscientização e sensibilização a população em geral. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o segundo país em número de casos novos diagnosticados, ficando atrás apenas da Índia.

A doença causa manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele que também pode ter alteração de sensibilidade, pelo frio, toque e dor, nesta ordem. A hanseníase é uma doença infecciosa, mas curável.

Campanha Janeiro Roxo

No mês de janeiro, enfermeiros das Unidades de Saúde realizaram diversas ações de promoção e prevenção, com avaliação de manchas e encaminhamentos para o Programa Municipal de Controle e Eliminação da Hanseníase. Foram detectados 20 casos suspeitos. Destes, 12 submetidos a exame de baciloscopia para auxilio no diagnóstico por ser clinico. O diagnóstico revelou quatro casos novos, sendo três multibacilar (muitos bacilos), a forma mais comum de apresentação da doença, e um paucibacilar (poucos bacilos), menos infecciosa.

“É um mês em que reforçamos a conscientização para população em geral sobre a doença. As unidades de saúde estão aptas a atender pacientes com sintomas da doença, que devem ser encaminhados ao Programa Municipal de Hanseníase para conclusão do diagnóstico e tratamento. É uma doença infecciosa, contagiosa e crônica, e a população precisa ficar atenta ao surgimento dos sintomas. Com o diagnóstico precoce e tratamento da hanseníase, pode se evitar as sequelas irreversíveis e incapacitantes, que comprometem as funções laborais. Por isso, é importante procurar a unidade de saúde mais próxima de sua residência”, explicou a diretora do NAPS, Kessy Bonicenha Brunetti.

Naps é referência no tratamento

Os pacientes identificados com a doença são direcionados pelas unidades de saúde ao NAPS, onde tem o Programa Municipal de Controle e Eliminação da Hanseníase, referência para o tratamento da doença.

Instituído na década de 1970, como Política Pública de Saúde, o Programa tem como objetivo a eliminação e controle da doença, alcançando a meta da Organização Mundial da Saúde de 1 caso ou menos de 1 caso/10.000 habitantes.

O compromisso das ações é diagnosticar e curar, identificando adequadamente as necessidades do paciente, atuando com agilidade e eficiência, além de oferecer atendimento qualificado e humanizado aos pacientes, ex-pacientes, familiares, contatos e comunidade.

O programa possui uma equipe multidisciplinar com atendente, enfermeiro, técnico de enfermagem, farmacêutico, médico, nutricionista, psicólogo e assistente social. Desenvolve as seguintes atividades: diagnóstico, tratamento e cura; suporte psicológico e social ao paciente e seus familiares; orientação à família e à comunidade; e atividades educativas junto aos profissionais da saúde. Funciona de segunda a sexta-feira, na avenida Governador Bley, bairro Colina, antigo Hospital Talma Pestana.