Covid-19: serviços odontológicos de urgência cirúrgica e de alívio de dor continuam em Linhares durante a pandemia

O serviço funciona exclusivamente por agendamento telefônico e por encaminhamento do dentista das 35 unidades de saúde do Município. Não é preciso que o paciente se dirija até uma Unidade de Saúde de forma voluntária, gerando aglomerações.

Em meio à pandemia, o Serviço de Apoio Operacional Complementar Cirúrgico e de Alívio de Dor da secretaria municipal de Saúde para dar suporte aos pacientes que passam por agudização dos seus tratamentos descontinuados durante a pandemia, sejam eles públicos ou privados, continua em funcionamento em Linhares.

Este serviço acontece na Unidade Especializada Odontológica (UEO), no bairro Colina e realiza atendimentos cirúrgicos de extrações dentárias e curetagens de bolsas gengivais, de alívio da dor, canal do dente, para tratamento de manifestações de lesões bucais por Covid-19, frenulotomia lingual de recém-nascidos e de biópsias para o rastreamento do câncer de boca.

O serviço funciona exclusivamente por agendamento telefônico e por encaminhamento do dentista das 35 unidades de saúde do Município. Não é preciso que o paciente se dirija até uma Unidade de Saúde de forma voluntária, gerando aglomerações.

Além do novo serviço, os serviços odontológicos de urgência e emergência 24 horas no Hospital Geral de Linhares (HGL), mesmo com todos os desafios impostos pela Covid-19, também continuaram inalterados.

Somente entre janeiro e abril, foram encaminhamos 810 pacientes  para o HGL e feitos 2428 procedimentos. No pronto atendimento do horário estendido Planalto foram 867 pacientes e 3300 procedimentos. Na UEO foram 492 pacientes e todos relacionados à face e à saúde bucal.

“Sabemos a importância de dar assistência agora, porque,  na frente essa demanda acumularia e seria muito maior”, explica. “Pacientes com focos de infecção bucal, lesões bucais por Covid-19 e traumas de cabeça e pescoço, por exemplo, teriam problemas muito mais graves se esperassem para ser atendidos. Por isso mantivemos o funcionamento, pensando no bem estar da população.”

O objetivo era atender as demandas mais graves e evitar um déficit na saúde bucal da comunidade, de uma forma que garantisse tanto a segurança dos pacientes quanto a dos profissionais. Para isso, conta o cirurgião dentista, toda a rotina de trabalho no hospital precisou ser alterada, cumprindo as medidas de biossegurança necessárias para impedir a disseminação do vírus.

Proteção para todos

“Garantimos a paramentação dos servidores com equipamentos de proteção individual [EPIs] nos atendimentos. Todos sempre usam proteção para evitar a exposição e a contaminação pelo vírus, garantir a proteção dos profissionais e do paciente. Mantemos, no máximo, uma dupla de profissionais no consultório durante o atendimento.”

Além disso, é respeitado o tempo de espera de 40 minutos para novo uso da sala de procedimentos, após o devido processo de desinfecção do ambiente e o efetivo controle do fluxo de acesso e atendimento do paciente, desde a entrada na recepção do hospital até a saída. A medida é necessária, pois um dos principais meios de circulação do vírus é pelo ar.

Urgência e emergência

Com as medidas, foi possível manter os atendimentos odontológicos de urgência também na Unidade Móvel e no horário estendido da USF Planalto, das 17h às 21h.

Nas unidades de saúde, as urgências são mantidas e priorizamos os atendimentos às gestantes, aos idosos e aos pacientes com doenças crônicas.

Em períodos de rotina normal, a odontologia ambulatorial é realizada nas 35 unidades básicas de saúde. Os procedimentos agendados não urgentes continuam suspensos, seguindo orientação do Ministério da Saúde.

Somente entre janeiro e abril, foram encaminhamos 810 pacientes  para o HGL e feitos 2428 procedimentos. No pronto atendimento do horário estendido Planalto foram 867 pacientes e 3300 procedimentos. Na UEO foram 492 pacientes e todos relacionados à face e à saúde bucal.

“O que ocorreu agora foi uma diminuição dos eletivos e um aumento nos casos de urgência e emergência, mas mesmo assim alcançamos uma média mensal aproximada de 1600 atendimentos, apesar da pandemia”, destaca Itamar.