Prefeitura mapeia rastro do Aedes aegypti e avança com ações de combate à dengue

De janeiro até este mês de julho deste ano, Linhares já notificou 3898 casos da doença com alto índice de confirmações: 3.360 casos, sendo que um óbito está sob investigação

Enquanto o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, vem se adequando ao ambiente e mudando os trajetos, a secretaria municipal de Saúde, por meio da Vigilância Ambiental, tem monitorado os casos e também mudado as alternativas e a intensidade das ações de combate ao vetor em determinadas regiões.

De janeiro a julho deste ano, Linhares já registrou 3.898 notificações da doença. Deste total, 3.360 foram confirmados. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve um aumento de 23% de casos confirmados. A maioria dos casos de dengue registrados no município está concentrada no bairro Interlagos, o maior de Linhares.  Os agentes registraram de janeiro a julho deste ano 37 notificações de chikungunya, com a confirmação de apenas um caso.

Agora, novos casos já estão sendo registrados com maior intensidade em outros bairros como o Santa Cruz com 421 casos, Aviso com 357 casos, Novo Horizonte, que de janeiro a julho registrou 188 confirmações da doença, Araçá com 185 casos e o centro da cidade que até agora registrou 168 casos confirmados de dengue.

Ação de combate à dengue no bairro Aviso. Foto: Felipe Tozatto/Secom.

Com a identificação dos bairros com maior concentração de focos de reprodução do Aedes aegypti, a Vigilância em Saúde Ambiental já está em campo com ações de rotina para o combate ao mosquito da dengue.

Além das visitas domiciliares e bloqueio de casos notificados de dengue, a Vigilância Ambiental trabalha com tratamentos em pontos estratégicos do Município: oficinas, cemitérios, borracharias, floriculturas, entre outros estabelecimentos.

A identificação é realizada quatro vezes ao ano, por meio do Levantamento Rápido de Infestação Predial de Aedes aegypti (LIRAa), que mostra os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, proporcionando informações qualificadas para atuação dos agentes de combate às endemias nas ações de prevenção.

“Além das residências, canteiros de obras, grandes empresas e prédios públicos desses bairros estão na relação de visitas e tratamentos quinzenais. O mosquito da dengue tem hábitos domésticos e se prolifera, na maioria das vezes, dentro dos imóveis”, explica Sérgio Lubiana, que é assessor técnico da vigilância ambiental.

Sérgio destaca que os moradores também podem ajudar a prevenir a dengue. Basta adotar hábitos dentro de casa, como desentupir as calhas, tampar caixas d’água, telar ralos e secar os vasinhos de plantas.

O secretário de Saúde de Linhares, Saulo Rodrigues Meirelles, explica que o mais importante é a participação da sociedade na eliminação dos focos de dengue. “Nós, enquanto poder público, atuamos em três níveis: a vigilância, que é o monitoramentos dos casos da doença; a atenção, que é a assistência médica aos pacientes infectados; e a erradicação, que é a eliminação dos focos. A participação de todos nesse processo é de fundamental importância. Se cada um fizer a sua parte, vamos conseguir acabar com a dengue”.