Origamis nas aulas de Educação Física ajudam na coordenação motora de alunos

O que tem a ver origamis e aulas de Educação Física? Bom, para os alunos das turmas do 1º ao 5º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Jerônimo Monteiro, no bairro Novo Horizonte, tem tudo a ver. Eles desenvolvem a arte tradicional e secular japonesa de dobrar o papel durante as aulas de Educação Física com o objetivo de melhorar a coordenação motora e a concentração das crianças. O projeto é desenvolvido pela professora Damiana Severina de Holanda com os estudantes do turno matutino. Para a professora, o trabalho com as dobraduras estimula a coordenação motora, a descoberta de novos talentos para as artes plásticas, por exemplo, além da conscientização ambiental, já que o papel que utilizado é resultado do reaproveitamento.  

"É importante ressaltar que com um simples pedaço de papel podemos criar e inovar formando figuras diferenciadas, favorecendo a interdisciplinaridade, inserindo nesse contexto a história do origami, as formas geométricas em Artes e Matemática, produção textual em Língua Portuguesa, além da socialização e interação entre grupos. Portanto, a Educação Física não é somente a prática de esportes; vai muito além", destaca Damiana. O trabalho desenvolvido pela professora Damiana desde o início do ano letivo foi encerrado com uma exposição realizada na própria escola. Os estudantes levaram para casa as criações produzidas em sala de aula. 

É a arte tradicional e secular japonesa de dobrar o papel, criando representações de determinados seres ou objetos com as dobras geométricas de uma peça de papel, sem cortá-la ou colá-la.O uso das mãos e dedos é considerado por estudiosos, importante para o desenvolvimento das percepções cerebrais, porque estimula e realiza novas conexões entre os neurônios traçando novos caminhos. No origami muitas pessoas têm encontrado uma forma de dobrar dificuldades, treinar paciência, atenção, persistência e coordenação.