Zoonoses desenvolve programa de controle de escorpiões e informa dicas para evitar acidentes

Os moradores de Linhares que tiverem problemas com escorpiões em suas residências devem ficar atentos. A Prefeitura de Linhares mantém um programa de controle destes animais. O trabalho é desenvolvido no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Superintendência Especial de Vigilância Sanitária, localizado no bairro Três Barras. O objetivo do programa é evitar acidentes e aumentar o número de notificações, garantindo que todos os pacientes busquem atendimento médico.
 
Atualmente, o município apresenta uma grande incidência de 
escorpiões da espécie Tityus Serrulatus, conhecida como escorpião amarelo, que é considerada a responsável pelos acidentes mais graves no Brasil, podendo levar à morte, principalmente de crianças e idosos. Em 2013, 88 acidentes por escorpião foram notificados no município. Contudo, ainda há casos de pessoas que são picadas e não procuram atendimento médico. Em caso de acidente, o morador deve lavar o local atingido com água e sabão e procurar o HGL – Hospital Geral de Linhares.

Os casos acontecem com mais frequência durante os meses mais quentes do ano, especialmente, no período das chuvas, quando aumenta o aparecimento. Para auxiliar os moradores, uma equipe do CCZ realiza a busca ativa destes animais. O trabalho consiste na procura dos escorpiões no quintal do morador visando a captura, conhecimento e manejo do ambiente. A busca ativa, geralmente, é realizada nas casas onde ocorreu o acidente escorpiônico e nas áreas prioritárias, onde a incidência é maior.

Além disso, é feito, também, um trabalho de conscientização da população nos locais onde as ocorrências são registradas. Qualquer cidadão, dos bairros da sede ou morador da zona rural, pode solicitar a visita dos técnicos através do telefone (27) 3371-4038. O atendimento é feito de segunda às sextas-feiras, das 7h às 17h.

Saiba quais os cuidados você pode adotar para evitar 
escorpiões:
 
Os 
escorpiões geralmente se abrigam em locais escuros, que lhe oferecem proteção como materiais de construção, pilhas de madeiras, entulhos, acúmulo de folhas secas, frestas de paredes, portas e janelas, tubulações de fiações, caixas de esgoto, embaixo de pedras, troncos de árvores e etc. Portanto, se faz necessário a eliminação desses abrigos.

A aplicação de produtos químicos como inseticidas, raticidas, mata-baratas ou repelentes também não são indicados por causarem o desalojamento dos escorpiões para locais não expostos à ação desses produtos, aumentando o risco de acidentes. Além disso, cria-se a falsa sensação de proteção por parte dos moradores que acreditam que o problema foi resolvido, passando a negligenciar o trato com o ambiente.
 

O que é feito com os escorpiões recolhidos na busca ativa:
 
Os 
escorpiões recolhidos, quando em grande quantidade, são enviados ao Núcleo de Entomologia do Espírito Santos (NEMES) para posterior envio ao Instituto Butantã, em São Paulo, onde ocorre a produção do soro antiescorpiônico.
 

Saiba quais são os riscos da picada de escorpião:
 
O veneno do 
escorpião pode causar efeitos que podem surgir na região da picada ou à distância, dependendo da gravidade.O tratamento é feito com a administração de soro é recomendada de acordo com a gravidade do acidente, por indicação médica e deve ocorrer em ambiente hospitalar. Por isso, em casos de acidentes, deve-se lavar o local da picada com água e sabão e procurar, o mais rápido possível.
 

Os acidentes podem classificados em três tipos:
 
Leves –  dor no local da picada e, às vezes, dormência.

Moderados – caracterizam-se por dor intensa no local da picada e manifestações sistêmicas do tipo sudorese discretas, náuseas, vômitos ocasionais, taquicardia, taquipnéia e hipertensão leve.

Graves – além dos sinais e sintomas já mencionados, apresentam uma ou mais manifestações como sudorese profusa, vômitos incoercíveis, salivação excessiva, alternância de agitação com prostração, bradicardia, insuficiência cardíaca, edema pulmonar, choque, convulsões e coma.