Cultura: Farol de Regência será restaurado

A Secretaria Municipal de Cultura de Linhares conseguiu, por meio de um pedido feito à Marinha do Brasil, a restauração de um dos principais símbolos históricos de Linhares, o Farol do Rio Doce, ou Farol de Regência, como é mais conhecido. A obra de recuperação do monumento é uma parceria entre a Marinha, Petrobras e Secretaria Estadual de Cultura e está prevista para ser iniciada em março.

"Não há como falar de Regência sem se lembrar do farol. Ele tem uma importância turística, estética e cultural para a Vila e, principalmente, para Linhares. Com essa restauração, vamos recuperar parte de nossa história", disse o Secretário Municipal de Cultura, Antonio Bezerra Neto, que acrescentou "essa é uma conquista não só da Secretaria de Cultura, mas também dos moradores de Regência que idealizaram conosco esse restauro".

O Farol do Rio Doce foi instalado, em Regência, no dia 15 de novembro de 1895. Em 1998, foi tombado pelo Governo do Espírito Santo. O farol possui estrutura metálica de 30 metros de altura, lentes refletoras e mecanismos de iluminação, que sinalizavam para embarcações situadas em uma área de até 17 milhas. Atualmente, esse tipo de farol não é mais fabricado.

A restauração é uma das políticas da Secretaria de Cultura. Além do farol de Regência, outros três monumentos importantes já foram restaurados em Linhares.

O busto do herói Caboclo Bernardo, feito em bronze, foi totalmente recuperado por uma equipe especializada da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Mais uma homenagem ao pescador que salvou 128 náufragos em 1887. A escultura restaurada, que antes ficava em frente à Igreja Matriz, foi instalada na Praça Nestor Gomes, no Centro de Linhares. O município, aliás, é o único do Espírito Santo a ter um herói condecorado pela Princesa Isabel.

Em São Rafael, o Coreto da Praça e a Via Sacra da igreja católica também foram recuperados. Com a ajuda dos moradores da região, o coreto recebeu nova cobertura e sua estrutura ganhou cores. A Via Sacra, vinda de Milão, na Itália, na segunda década do século XX, contou com um trabalho mais minucioso. As peças, já deterioradas com a ação do tempo, foram totalmente recuperadas e entregues à comunidade durante uma missa celebrada na igreja.