Medidas de prevenção devem continuar durante e após vacinação, orienta infectologista do HGL

Mesmo após o início da vacinação contra a Covid-19 no Brasil – em Linhares, a imunização começou na última quarta-feira (20) – a população deve manter a rotina de cuidados para evitar a transmissão da doença. Especialista do Hospital Geral de Linhares (HGL), ressalta que as medidas de prevenção continuam sendo fundamentais para impedir o surgimento de novos casos de coronavírus no Município.

Fernando Aché, infectologista do HGL, foi um dos quatro primeiros profissionais que atuam na linha de frente no combate à pandemia em Linhares a receber a primeira dose da vacina.

Fernando Aché, infectologista do HGL, orienta que os linharenses mantenham, no dia-a-dia, o hábito de usar máscara corretamente, higienizar as mãos, respeitar o distanciamento social e evitar aglomerações em espaços públicos e privados. “Se não fizermos isso, nós vamos viver sobressaltos de casos novamente, com grande demanda por serviços de saúde. A gente sabe que isso impacta sobre a qualidade da assistência e, consequentemente, sobre o tratamento dos pacientes”, pontua.

Fernando foi um dos quatro primeiros profissionais que atuam na linha de frente no combate à pandemia em Linhares a receber a primeira dose da vacina. O médico foi o primeiro infectologista vacinado em todo o Espírito Santo.

O médico alerta que, apesar da vacina representar um avanço em direção ao controle da pandemia, todos devem colaborar para frear a disseminação do vírus no território linharense. “Não podemos relaxar. Estima-se que há necessidade de vacinação de mais de 70% da população para que haja grande redução da circulação do vírus SARS-CoV-2. Por isso, a população precisa continuar se protegendo”, ressalta Fernando, chamando atenção para o atual cenário epidemiológico em Linhares.

Ainda de acordo com o médico como há uma segunda dose que é aplicada de 14 a 28 dias após a primeira,  considerando o tempo que o nosso organismo demora para desenvolver a imunidade, a pessoa só estará de fato imunizada 2 meses depois da primeira aplicação. “Nesse meio tempo, a pessoa pode se infectar e transmitir vírus para outras pessoas, mesmo estando sem sintomas da doença. Além disso, pode veicular o vírus encostando em superfícies contaminadas”, alertou.

Até o dia 21 de janeiro, o Município registrou 13.951 casos de Covid-19, 48 pacientes internados e 195 óbitos decorrentes da doença. Os dados estão disponíveis no Painel Covid-19 plataforma de transparência do Governo do Estado do Espírito Santo. O especialista lembra, ainda, que a vacinação ocorrerá de forma gradual, à medida que estados e municípios receberem novas doses da Coronavac, vacina produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

Além disso, a imunização acontecerá em etapas, contemplando, inicialmente, grupos prioritários. Durante a primeira fase, serão vacinados trabalhadores da saúde; idosos a partir de 75 anos; pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas (em instituições de longa permanência); pessoas com deficiência institucionalizadas e população indígena aldeada em terras demarcadas.