Fruticultura: Produtores do Farias planejam primeira colheita de cajá manga anão para novembro

A fruticultura é um dos segmentos da economia brasileira que tem conquistado cada vez mais o mercado consumidor. Em Linhares, os produtores de cajá manga anão, que compõem que o Polo Farias, do Programa Municipal de Fruticultura, já começam a colher os frutos a partir do mês de novembro.  A Secretaria Municipal de Agricultura disponibilizou 14 mil mudas e conta, até o momento, com a participação de 11 produtores.

Quem está otimista com o plantio da fruta é a Adriane Conceição Barboza Brasil. A produtora conta que antes de plantar as 1.416 mudas, fornecidas pela Prefeitura de Linhares, a família só cultivava o café, que ainda é a principal cultura da propriedade, além de alguns pés de graviola e laranja, que comercializa as frutas, e a horta que vendia os produtos para a merenda escolar, agora interrompida com a suspensão das aulas devido à pandemia do coronavírus.

Produtora Adriane Conceição Barboza Brasil que integra o Polo Farias

“Esse programa veio trazendo um fôlego a mais pra gente conseguir se manter no campo. Apesar de ser um mercado novo, estamos muito otimistas, porque o cajá é uma cultura que produz ao longo do ano, ao contrário do café que esperamos um ano inteiro para a colheita. Já pensamos até em plantar goiaba também, para diversificar ainda mais a economia, porque viver só do café, depender de uma única fonte de renda, é complicado para seguir a caminhada”, pontuou a Adriane.

O produtor José Domingos Soprani também está na expectativa para começar a colheita. “O cajá é uma novidade para nós aqui da região. Abraçamos o programa e acreditamos que o mercado vai ser bom. No meu caso, estou acostumado a plantar café, coco e pimenta do reino, e é muito importante para a economia diversificar a nossa cultura”, informou o produtor que recebeu 1,6 mil mudas do Município.

José Domingos Soprani, produtor

A expectativa, segundo o secretário municipal de agricultura, Franco Fiorot, é atingir 275 toneladas da fruta no segundo ano de produção, chegando a 700 toneladas no quarto ano, nos 10 hectares de área plantada.

“O Polo, que veio para promover a diversificação agrícola e movimentar a economia rural das comunidades, já tem materializado as frutas no momento de frutificação e, até o fim do ano, já saem as primeiras colheitas do cajá. Aliado ao programa, no Polo Farias, já construímos 970 caixas secas e a terceira barragem está sendo construída para armazenar a água, assegurando à produção”, disse Fiorot.

Programa de Fruticultura

O Programa Municipal de Fruticultura é dividido em cinco polos instituídos: Polo Distrito Farias, com cultivo de cajá manga anão; Polo Alto São Rafael (contempla regiões como Santa Cruz, São João de terra Alta, São Vicente e São Judas), a uva; Polo Baixo São Rafael (localidades como Japira, Córrego Dr. Jones, Santa Rosa, Humaitá e Bagueira), a goiaba; Polo BR 101 Sul (distritos de Rio Quartel e Desengano), o limão; no Polo Litoral (Pontal do Ipiranga, Regência, Povoação e Bebedouro), o açaí.  

Ao todo, cerca de 40 mil mudas serão disponibilizadas aos produtores. O programa foi elaborado por uma consultoria especializada, pela equipe de Secretaria Municipal de Agricultura e instituições parceiras.

As definições dos polos e as frutas a serem cultivadas foram baseadas nos estudos técnicos que identificaram, baseado nas características agronômicas de solo e clima, quais frutas eram propícias para cada região.