Revoadas: Meio Ambiente orienta sobre presença de andorinhas no céu de Linhares

As primeiras revoadas de andorinhas nas regiões arborizadas de Linhares já podem ser observadas pela população. Para muitos moradores, o espetáculo no céu é motivo de transtorno, pois os animais deixam o espaço repleto de fezes. Em contrapartida, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente lembra que estas aves são verdadeiras “faxineiras” do espaço público.

O secretário municipal de Meio Ambiente, Fabrício Borghi Folli, explica que as andorinhas começam a chegar a Linhares no início do verão, fugindo das regiões mais frias do continente, em busca de calor. Elas devem permanecer na cidade até o início do inverno, período em que irão promover uma verdadeira limpeza na cidade, comendo vários tipos de insetos indesejáveis para o ser humano.

“Elas se alimentam de insetos, fazendo um trabalho público para a gente”, explica Borghi. Mas, por que as andorinhas adotaram justamente as áreas arborizadas do centro da cidade e ao longo da BR 101? O secretário diz que ocorre uma relação de gerações, semelhante com as tartarugas marinhas. “Nós temos um grupo específico que passa por Linhares. Os filhotes seguem a mesma rota das mães”, acrescenta.

Limpeza

Para diminuir os possíveis transtornos de saúde à população, especialmente os relacionados a problemas respiratórios, Fabrício diz que a solução é realizar a limpeza periódica dos locais onde as aves migratórias depositam as suas fezes.

“A prefeitura mantém limpeza periódica em todas as praças e espaços públicos onde as andorinhas costumam freqüentar”, afirma.

Sobre a sensação de que as andorinhas estão invadindo o espaço urbano, Borghi é categórico: “Elas não estão invadindo, pois já estavam aqui há muito tempo. Quem invadiu fomos nós, mas agora temos o papel de manter a rota natural destas aves”.

Fiscalização

O secretário municipal de Meio Ambiente lembra que a andorinha é um animal silvestre e está protegida pela Lei de Crimes Ambientais. “A lei também contempla animais em rota migratória”, acrescenta. Ele orienta os moradores que tiverem informações sobre situações de crimes contra a fauna a entrarem em contato com o órgão para fiscalização. O telefone é o 27 3372 2067.