Estudante da Faceli cria aplicativo para estimular alunos a gostarem de Matemática

A criatividade e o desejo de contribuir com o aprendizado do aluno João Santana, de quinze anos de idade, diagnosticado com déficit de atenção e matriculado na EMEF José Modeneze, bairro Canivete, o estudante do 5º período do curso de graduação em Pedagogia da Faculdade de Ensino Superior de Linhares – Faceli, Gabriel Hule Cardoso, de 19 anos, desenvolveu um aplicativo para celular, que estimula a aprendizagem da disciplina de matemática. Gabriel é estagiário e acompanha diretamente o desenvolvimento escolar de João, colocando em prática o conhecimento acadêmico e contribuindo com o processo de ensino-aprendizagem na escola.

Durante as atividades de sua função, Gabriel observou uma grande aversão do aluno pela disciplina de matemática, em comparação a outras matérias. "Eles dizia o tempo todo que não queria de jeito nenhum aprender matemática e que não sabia fazer as atividades propostas", contou estudante de pedagogia, que pensou numa alternativa: "foi aí que eu pensei em criar algo mais atrativo e comecei a pesquisar sobre o assunto e encontrei uma maneira de desenvolver uma sequência didática, no celular, o que se tornou mais atrativo para João".

Gabriel estava certo e em pouco tempo, João já estava completamente familiarizado com a disciplina e atingindo o objetivo principal do experimento, que era a aprendizagem da matemática. "Eu cheguei na sala de aula e não disse de cara que a aula seria de matemática, disse que utilizaríamos as artes para aprender. E com a interação do jogo, por meio das histórias lúdicas, mas com princípios da soma e das regras da matemática, o João foi aprendendo e se divertindo", relatou o estagiário.

Para montagem do projeto, Gabriel explica que utiliza uma plataforma disponível na internet, que de maneira intuitiva possibilita o desenvolvimento do aplicativo, inserindo áudios, vídeos, perguntas, animações, dentre outros objetos que estimulam o interesse do aluno. A proposta não se resume nas ferramentas tecnológicas e a sequência didática apresenta atividade que são executadas sem o celular. "Eu não tinha interesse que ele ficasse preso ao celular, mas que ele fosse uma ferramenta. Daí eu mesclei, nesse projeto, por exemplo, eu levo outros materiais, como dinheiro de brinquedo, para ele aprender a contar, e tudo que o aplicativo faz, ele submete para a realidade", destacou.

Na faculdade, Gabriel compartilhou a ideia com professores e colegas, que se juntaram a ele e já visitaram outra escola do município, a EMEF Auto Guimarães e Souza, para colaborar com outros processos de aprendizagem. "A minha expectativa é expandir essa ideia e colaborar cada vez mais com a educação", finalizou Gabriel Hule Cardoso.