Secretaria de Agricultura destaca cuidados necessários para irrigação com água do Rio Doce

A presença de alguns metais encontrados na água do Rio Doce, após análise laboratorial, não compromete a irrigação das plantações. O consumo humano e o abastecimento animal devem ser interrompidos.

Na tarde desta quinta-feira (26), o secretário municipal de Agricultura, Mauro Rossoni Júnior convocou reunião para discutir o assunto com o secretário de Meio Ambiente, Rodrigo Paneto, e representantes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (CREA-ES), Sociedade Espírito-santense dos Engenheiros Agrônomos (SEEA), Sindicato Rural e produtores rurais de Linhares.
 
No encontro, Mauro Rossoni explicou que esses metais estão inertes e não serão absorvidos pelas plantas. No entanto, os produtores precisam adotar uma série de medidas durante a irrigação. A nova recomendação está baseada no estudo cientifico do químico da Universidade Federal de Viçosa, José Maurício Machado Pires, que é autor de uma tese sobre as barragens que se romperam.

"O material analisado é inerte. A maior parte dos metais pesados – chumbo, cromo e cádmio – encontrados nas amostras estão aprisionados em outro mineral chamado goethita. Esse mineral envolve o metal pesado em sua estrutura cristalina, aprisionando-o. Dessa forma, o material fica indisponível para a solução do solo e, consequentemente, não é absorvido pelas plantas", diz Mauro.

Veja a lista de recomendações para irrigação:

– Utilizar se possível e necessário, sistema de filtragem para irrigação;
– Utilizar quando possível, sistemas de aeração e decantação;
– Aumentar a frequência de retro lavagem dos equipamentos de irrigação;
– Suspender, temporariamente, as fertirrigações;
– Recomenda-se o uso de EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) dos operadores, quando a exposição ao serviço de irrigação for prolongada;
– Não utilizar a água do Rio Doce para pulverizações costais manuais ou motorizadas de quaisquer lavouras.
– Para o uso da água do Rio Doce para fins específicos nas propriedades, procure um engenheiro agrônomo ou responsável técnico especializado.

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