Casos de conjuntivite representam quase a metade dos atendimentos no HGL

Ardência, vermelhidão, sensação de corpo estranho e coceira. Esses são alguns dos sintomas da conjuntivite. Uma doença muito comum nesta época do ano, que anda tirando o sono de muitos linharenses e enchendo as Unidades de Saúde e o Hospital Geral de Linhares, o HGL.

Dos atendimentos que estão sendo realizados no HGL, metade são referentes à conjuntivite. "A prioridade do HGL é o atendimento de urgência e emergência. Os casos ambulatoriais, como é o caso da conjuntivite, podem ser tratados nas Unidades de Saúde da Família dos bairros ou até mesmo em casa", diz um dos diretores do hospital, Dr. Fernando Pandolfi.

Existem diversos tipos de conjuntivite: bacteriana, virótica, fúngica e alérgica. A conjuntivite mais comum é a virótica (adenovírus) que ocorre principalmente no período quente. Os sintomas são vermelhidão, coceira, ardência, sensação de corpo estranho no olho, sensibilidade a luz e em casos mais graves, secreção e inchaço.

O oftalmologista Dr. Bressan explica que a automedicação pode comprometer o tratamento da doença. "A orientação é que as pessoas não utilizem nenhum tipo de medicamento sem orientação médica, porque isso pode agravar o problema e dificultar o tratamento. O ideal é lavar os olhos com água gelada, soro fisiológico ou água boricada. Se prolongar, a pessoa deve procurar um especialista", afirma.

A conjuntivite dura em média 12 dias e é transmitida pelo contato físico ou pelo ar, no caso de ambientes fechados. De acordo com o Dr. Bressan a higiene é a melhor prevenção. "As pessoas devem lavar as mãos com frequência, evitar coçar os olhos com as mãos sujas, compartilhar toalhas e óculos de sol". O médico acrescenta: "quando o tratamento não é feito corretamente, a doença pode se agravar e trazer problemas mais sérios à visão".