Projeto Tamar solta filhotes de Tartaruga Marinha na base de Regência

Uma das mais importantes ações desenvolvidas em comemoração aos 30 anos do Projeto Tamar, acontece no próximo sábado (10/04) as 16h30, em todas as bases do Tamar no Brasil (ao mesmo tempo), de Santa Catarina ao Ceará. Serão devolvidos ao mar, 10 milhões de filhotes de tartaruga marinha que representam a segunda geração de tartarugas protegidas pelo Projeto na costa brasileira.

A Prefeitura de Linhares participa do evento em Regência, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. A ação será prestigiada pela comunidade da Vila, entidades que apoiam o projeto, turistas e convidados.

Para o Coordenador Regional do Tamar, Antonio de Pádua Almeida (mais conhecido como Toninho), esse evento é muito importante, pois simboliza milhares de comunidades de tartarugas recuperadas pelo Projeto Tamar. "As tartarugas marinhas nascidas sob a proteção do Tamar, há 30 anos, só agora atingiram a maturidade e estão desovando. Assim, os filhotes que nascem e seguem para o mar representam a segunda geração protegida pelo Tamar. É muito gratificante participar desse momento", afirma Toninho.


Sobre o Projeto Tamar

O Projeto Tamar-ICMBio foi criado em 1980, pelo antigo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal-IBDF, que mais tarde se transformou no Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (IBAMA). Hoje, é reconhecido internacionalmente como uma das mais bem sucedidas experiências de conservação marinha e serve de modelo para outros países, sobretudo porque envolve as comunidades costeiras diretamente no seu trabalho sócio-ambiental. O nome Tamar foi criado a partir da combinação das sílabas iniciais das palavras tartaruga marinha.

O Tamar mantém atualmente 23 bases de conservação e pesquisa, cobrindo cerca de 1.100km de praias em nove Estados do Brasil (Bahia, Sergipe, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina). A cada ano cerca de 20 mil ninhos são protegidos, gerando aproximadamente um milhão de filhotes/ano.

Desde o inicio, as ações de conservação promovem também o envolvimento das comunidades litorâneas. Para tanto foi decisivo o fomento de alternativas econômicas sustentáveis que geram renda e serviços diretos para mais de 1.300 pessoas das populações costeiras, proporcionando melhorias na qualidade de vida. Hoje, as comunidades já compreendem que uma tartaruga marinha vale muito mais viva do que morta.

Apesar dessas conquistas, as tartarugas marinhas ainda estão ameaçadas de extinção, sobretudo por artes de pesca como redes de emalhe, espinhel e arrasto, além do desenvolvimento costeiro desordenado, o lixo e a poluição do mar. Por se tratarem de animais altamente migratórios, de vida longa e maturação sexual tardia, é necessário dar continuidade às atividades de manejo, proteção e pesquisa, numa perspectiva de longo prazo.

Fonte: http://www.tamar.org.br/