Beatriz Abaurre fala sobre Patrimônio Histórico de Linhares no Nice Avanza

Uma ação conjunta da Prefeitura de Linhares, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, e da Serlighes – Seccional Regional de Linhares do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, irá garantir um debate aprofundado sobre Patrimônio Histórico de Linhares.

A renomada escritora capixaba Maria Beatriz Abaurre irá ministrar a palestra: "Patrimônio Histórico – Identificação e Preservação dos Bens Culturais", nesta segunda-feira, dia 8 de marco, a partir das 20 horas no Centro Cultural Nice Avanza, na Praça 22 de Agosto, no centro. A entrada é franca. O público estimado é de 200 pessoas.

Na palestra, a escritora vai focar o que é valorizado como patrimônio cultural em Linhares. Beatriz Abaurre vai também explicar sobre a atualidade, já que hoje em dia existe uma apropriação bem ampla do que é o tombamento, identificação e preservação e sua função de proteger a memória nos âmbitos municipal, estadual e nacional.

Para o secretário de Cultura da Prefeitura de Linhares, Antônio Bezerra Neto, existem muitos conflitos em relação ao tema, porque ele interfere na propriedade privada. Os direitos da propriedade ficam limitados quando você tem o seu imóvel tombado.

"A preservação do patrimônio cultural interage com muitos setores, como, por exemplo, meio ambiente ou propriedade, e várias relações serão tensas", explica Bezerra Neto.

O secretário afirma que Linhares sai na frente na premissa de se preservar o seu patrimônio histórico. Ele garante que a Prefeitura de Linhares entende que caso a administração municipal se isole na tarefa de tombar, ela poderá impor valores que não encontrarão ressonância no campo social.

"A decisão sobre tombamentos, identificação e preservação deve ser pelo conjunto sociedade, município e Estado, e isto está sendo feito de forma clara e o mais importante, com a participação popular. Estamos garantindo que os moradores de nossa cidade conheça quais são são bens e patrimônios históricos e culturais", afirma o secretário de Cultura.

O debate sobre o assunto interfere de forma positiva na preservação da memória histórica de Linhares. A política na área do patrimônio após a Constituição de 1988 teve um avanço muito significativo, porque incluiu na preservação o patrimônio imaterial: práticas culturais, festas populares, que são bastante significativas e se fazem presentes na vida do linharense.

"Logo, há uma ampliação significativa do que se entende por patrimônio brasileiro, e, é claro, linharense, atualmente. A ideia de cultura inclui uma série de bens e práticas que antes, na visão do Estado Novo de Vargas, não eram considerados", conclui Bezerra Neto.

Quem é Maria Beatriz Abaurre Figueiredo

Maria Beatriz Figueiredo Abaurre nasceu em Londrina (PR), mas desde sempre adotou Vitória como seu lar. Mestra em Música (piano, violino e viola), especializou-se em Literatura pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). É membro do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, da Academia Espírito-santense de Letras e da Academia Feminina Espírito-santense de Letras.

É integrante da Orquestra Filarmônica do Espírito Santo, como violista e violinista, e ex-professora titular de piano, transposição e acompanhamento da Faculdade de Música do Espírito Santo (Fames).

Já publicou A revolução das violas, Joaquim e seu flautim e A jibóia que virou trompa, obras da coleção infanto-juvenil A Magia da Música; Gritos sem reposta, com poesias; Geografia afetiva de uma ilha, obra premiada no III Concurso Literário Nelson Abel de Almeida; e A metapoesia na obra infanto-juvenil de Carlos Nejar, entre outros títulos.

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