Cajá manga anão do Polo Farias é comercializado para produção de polpa da fruta

Já comercializada no município para consumo in natura, o cajá manga anão, do Programa Municipal de Fruticultura, ganha mais um mercado: o de polpa de frutas. Agora, o fruto também é transformado em polpa por uma fábrica linharense. Com a parceria, já foi comercializado mais de 1,5 mil quilos do fruto cultivado no Polo Farias que já conquistou o mercado pelo seu sabor.

O produtor Rudney Ribeiro da Silva conta que a entrega tem acontecido toda semana e o que o cajá precisa estar bem maduro para garantir a qualidade da polpa. “Nos últimos dias tenho entregado à fábrica uma média de 250 kg por semana, mas a produção agora tende a aumentar nos próximos quatro ou cinco meses, porque o plantio no momento ainda é novo”, explicou.

Rudney destacou que o cajá manga anão tem despertado o interesse de mercado. “Estamos tendo uma boa procura. Agora é só nós, produtores do polo, nos organizarmos para agregar ainda mais valor ao nosso produto. A fruta é uma cultura fácil de mexer, os custos não são tão altos, nem se compara ao do café, e produz o ano todo”, destacou o produtor.

O diretor geral da Fábrica de Polpas de Frutas Qualy Fruit, Everton Zucateli Nascimento, que fica no bairro Colina, informou que o cajá produzido em Linhares tem tido uma ótima aceitação. Antes, a fábrica que demanda em média 2 mil quilos por mês da fruta, comprava o cajá em Minas Gerais e, muitas vezes, vinha a dificuldade em encontrar o produto.

“O cajá do Farias é de excelente qualidade e está tendo uma ótima aceitação pelas empresas de alimentação que compram a polpa para atender as indústrias da região e também os supermercados. Hoje, o que tenho comprado de fruta não consegue atender nossa demanda. Um único cliente da fábrica pede 150 quilos por semana e não consigo atender, preciso dividir para atender a todos”, pontuou o diretor geral da Qualy Fruit.

O secretário Municipal de Agricultura de Linhares, Franco Fiorot, ressaltou que as estratégias adotadas no programa, sejam do ponto de vista técnico e mercadológico, foram primordiais para alcançar resultados e parcerias como estas com a fábrica de polpa.

“Os plantios têm gerado frutos com aspectos que têm atraído a atenção do mercado consumidor. Para implantação do programa elaboramos estudos prévios que resultaram na inclusão de frutos estratégicos para aceitação de mercado. Temos buscado aproximar os mercados dos produtores, conseguindo efetivar parcerias, além de atrair novos mercados como o supermercado e a fábrica de polpa local que já têm comprado esses produtos, além de mercados externos como o de picolé e de sorvete que já mostraram interesse na fruta. Com essas estratégias e a organização dos produtores para comercialização conseguiremos agregar valor de mercado às frutas”, disse Fiorot.

Cajá in natura

O cajá manga anão, produzido no Polo Farias, do Programa Municipal de Fruticultura, também pode ser adquirido pelo consumidor direto no supermercado. Por semana, em média 150 quilos do produto têm chegado à mesa do linharense. A fruta, que tem sido comercializada por um supermercado no Centro de Linhares, pode ser consumida in natura, para fazer suco, em sorvetes e picolés.