Linhares recebe Selo de Boas Práticas como a cidade do ES com maior redução no número de casos de sífilis congênita

Segundo dados da secretaria municipal de Saúde de Linhares, de 2018 para 2019 houve e redução de 77% nos casos de sífilis congênita no município, a maior do Espírito Santo

A equipe que atua no Programa Municipal IST/AIDS e Hepatites Virais da Prefeitura de Linhares. Fotos: Secom/Felipe Tozatto.

Linhares foi o município do estado do Espírito Santo que mais conseguiu reduzir os índices de sífilis congênita e receberá da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) o Selo de Boas Práticas para Eliminação da Sífilis Congênita pela conquista. O anúncio foi feito nesta terça-feira (9) numa reunião virtual realizada pela Coordenação Estadual de IST/AIDS e Hepatites Virais. Além de Linhares outras três cidades conquistaram o selo: São Mateus, Colatina e Vitória.

Segundo dados da secretaria municipal de Saúde de Linhares, de 2018 para 2019 houve e redução de 77% nos casos de sífilis congênita no município. A certificação foi lançada como forma de fortalecer a capacidade e qualidade dos serviços de saúde de pré-natal e na maternidade prestados pela Prefeitura de Linhares, por meio do Núcleo de Atenção às Políticas de Saúde. A sífilis congênita é transmitida pela mãe ao bebê durante a gestação, via placentária, em qualquer momento da gestação ou estágio clínico da doença em gestante não tratada ou inadequadamente tratada.

“Nossa equipe atendeu a este chamado e é uma grande conquista para a Saúde do Município, com agradecimento especial aos profissionais da Atenção Primária que fazem o primeiro atendimento ao paciente no serviço de Saúde”, destacou a diretora do Naps, Kessy Bonicenha. Mas, de acordo com a diretora, o enfrentamento à sífilis deve ser constante e ampliado. “A meta é que a certificação seja permanente e que continuemos protegendo crianças e gestantes”, afirmou.

Segundo ela, deve-se sempre questionar sobre os números da sífilis. “Em pleno século 21, por que não conseguimos trabalhar com mais força diante de doenças milenares como a sífilis? Esta é uma reflexão que todos nós, gestores e profissionais da saúde, temos que fazer e, junto a isso, recriar e implantar ações que nos levem a diminuição de casos”.

Késsy reforça que a sífilis congênita é transmitida pela mãe ao bebê durante a gestação, via placentária. “O monitoramento da gestante, com testagem e consultas periódicas, é nossa principal medida preventiva, além da orientação à população em geral para o uso da camisinha como forma de proteção às infecções sexualmente transmissíveis; são informações que reforçamos diariamente nos serviços do Município”, disse a diretora do Naps.

“É preciso que os profissionais mantenham conhecimento atualizado dos protocolos de manejo e suspeição clínica da sífilis; testar, tratar e curar são guias para o nosso trabalho diário”, acrescentou a diretora.