Audiência Pública esclarece aos moradores sobre atual situação das obras na barragem do Rio Pequeno
Uma audiência pública realizada em Linhares, na última quinta – feira, 13 de setembro, esclareceu aos moradores do município sobre o panorama dos trabalhos realizados na Barragem do Rio Pequeno, feita para impedir o contato do Rio Doce, contaminado por rejeitos da Samarco, com lagoas que abastecem a população do município. Ainda foi apresentado o Plano de Contingência elaborado para resguardar a integridade das famílias no decorrer das obras emergenciais que estão sendo realizadas no local. Cerca de 80 pessoas participaram da reunião.
O evento aconteceu na sala do Tribunal do Júri da cidade e contou com a participação de moradores e representantes das comunidades do entorno das lagoas de Linhares, Ministérios Públicos Federal e do Estado, Defensoria Pública do Espírito Santo e Fundação Renova e da prefeitura. A procuradora-geral do município, Nádia Lorenzoni e procurador, Bruno Abraão, representam o município na reunião.
"Trata-se de uma situação emergencial em razão do período chuvoso que se aproxima e o Município adota uma postura de cooperação com os demais agentes envolvidas para garantir segurança a integridade física e moral das famílias atingidas. O bem maior a ser protegido nesse momento e a vida humana", frisou a procuradora-geral do município, Nádia Lorenzoni.
A questão decorre de uma ação civil pública (ACP), em andamento na Justiça Estadual, proposta pelo Município de Linhares, para proteger as lagoas da cidade contra os rejeitos da Samarco, já que a captação de água para a população vem dessas lagoas. As barragens, no entanto, estão elevando o nível das lagoas e já alagaram as casas de cerca de 50 famílias.
O representante da empresa Aecom, Caio Prado, empresa que fez um acordo com o Ministério Público Estadual para fazer uma auditoria no processo, mostrou as próximas etapas de construção para garantia da segurança da estrutura da barragem e trazer uma vazão de água para diminuir o nível da lagoa e estabelecer o nível adequado no local .O representante da Aecom mostrou, ainda, o quão importante é a retirada das famílias do local para preservação da vida, mesmo que o risco de rompimento da barragem durante as obras seja mínimo.