Meio Ambiente e Saae solicitam e Samarco inicia retirada de macrófitas do Rio Pequeno

A Prefeitura de Linhares, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, juntamente com o Serviço Autônomo de Água e Esgoto – Saae de Linhares, solicitaram à Fundação Renova, representante legal da Samarco, a retirada da vegetação aquática flutuante (macrófita) do Rio São José, conhecido como Pequeno, responsável pelo abastecimento da sede do Município. Os trabalhos foram iniciados na tarde desta segunda-feira (18), serão executados numa extensão de 5km (cinco quilometros) e fiscalizados pela equipe técnica da Prefeitura e do Saae. Os custos para a retirada das macrófitas são da Renova.

A vegetação aquática precisa ser retirada porque pode influenciar na qualidade da água do manancial, deixando-o com uma cor amarelada ou esverdeada. A quantidade de resíduos das folhas e raízes das plantas também pode alterar a turbidez, que seria o escurecimento da água. "A ploriferação deste material orgânico aumentou em decorrência da barragem, que foi construída para evitar o encontro entre os rios Doce e Pequeno, após o desastre da lama de rejeitos da mineradora Samarco. Neste aspecto nós entendemos que a empresa é que deve ser responsabilizar por estes custos", explicou o secretário municipal de Meio Ambiente, Lucas Scaramussa.

Para a retirada das macrófitas será utilizado um veículo aquático, que removerá a vegetação aquática para as proximidades da barragem e em seguida uma retroescavadeira recolherá a vegetação para destinação adequada. "Nosso objetivo é garantir a qualidade da água, uma vez que esse acúmulo de vegetação impede a penetração de luz nas camadas inferiores do corpo d?água e perda do oxigênio, o que poderia ocasionar morte de peixes e outros organismos, além de interferir nas condições adequadas da água para tratamento e posterior consumo da população", pontuou Scaramussa.

O diretor de operações do Saae de Linhares, Zércio Largura, explica também que para que não restem dúvidas à população sobre a qualidade da água que sai do Rio Pequeno é feito monitoramento de hora em hora da cor e turbidez nas estações de tratamento. Os testes bacteriológicos para medir a quantidade de coliformes acontecem diariamente. "O crescimento excessivo das macrófitas podem ocasionar transtornos ao abastecimento público, em razão do entupimento das grades da captação e das bombas de sucção", finalizou Zércio.