Estudantes de 12 países visitam lagoas de Linhares durante aula prática do curso de Mestrado

Um grupo formado por 15 estudantes do curso de mestrado em Ecohidrologia, oferecido por um programa educacional europeu em parceria com a UFES – Universidade Federal do Espírito Santo, está conhecendo a Linha Verde, Lagoa do Aviso, Lagoa Juparanã e Lagoa Terra Alta. O grupo é formado por estudantes da Espanha, Alemanha, Equador, Palau, Nepal, Etiópia, Sérvia, Ucrânia, Nova Zelândia, Jamaica, França, Egito e Brasil.

Guiados pelo professor Gilberto Barroso, os universitários aliam conhecimento teórico à realidade das lagoas dos municípios por onde passam. "Na prática, estamos apresentando aos alunos as belezas e os problemas ambientais existentes nos municípios que visitamos. A Ecohidrologia ajuda a trabalhar o fluxo da água e o processo ecológico", destaca Gilberto, que coordena o curso de mestrado em Ecohidrologia no Brasil.

A equipe da UFES é acompanhada pelo subsecretário municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Antonio Ruy Júnior, o Prefeitinho.  Segundo ele, a visita é um reflexo da importância das lagoas do município. "Estamos orgulhosos por saber que Linhares vai contribuir com a formação e capacitação de novos profissionais de diversos países", analisa Prefeitinho.

Para a universitária jamaicana Allison Pearce, de 30 anos, o ambiente aquático linharense oferece um cenário completamente novo. "No meu país as lagoas são formadas por terremotos! Nunca tinha visto esse tipo de lagoa, que surge com a chuva. Estar em campo, conhecendo os ambientes de outro país de perto, possibilita responder questões que talvez nem existissem dentro de sala. É conhecimento prático", afirma.

Elliot Hurst, estudante neozelandês de 22 anos, concorda com a colega de curso. "É interessante ter a oportunidade de estar em campo. Em Linhares, estou vendo vários tipos de margem. O entorno das lagoas é bem urbano. Em Auckland, onde moro, não temos esses ambientes", conta.
 
 
Parque lacustre

De acordo com o professor Gilberto Barroso, as lagoas de Linhares constituem o principal parque lacustre do Estado. A Lagoa das Palmas, por exemplo, é o lago natural mais profundo do Brasil, com 50 metros de profundidade. Gilberto já desenvolve um trabalho de monitoramento das lagoas de Linhares.

Ele e um grupo de pesquisadores da Ufes mantêm uma estação metereológica na lagoa de Terra Alta. A estação, instalada no meio da lagoa, conta com sensores de temperatura. O objetivo é cruzar as informações das mudanças de temperatura e passagens de frentes frias com mudanças de estação.
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