Linhares firma parceria para instalação de centro de atendimento às mulheres vítimas de violência

A prefeitura de Linhares, por meio de uma parceria firmada com o Tribunal de Justiça do Espírito Santo, vai inaugurar dentro de 90 dias o Centro Integrado da Mulher (CIM). Trata-se de um centro especializado para atender mulheres vítimas de violência. O CIM vai funcionar no Centro da cidade, próximo à rodoviária da Viação Águia Branca.

"Vamos garantir dignidade e proteção às vítimas. No CIM as mulheres terão um local adequado para serem atendidas com todo o respeito que elas merecem. Lá também vamos colocar em funcionamento o Botão do Pânico para as mulheres em risco iminente de agressão, que poderão contar com a proteção da Guarda Municipal de Linhares", explicou a secretária de Planejamento, Renata Correa.

As unidades do Centro Integrado da Mulher têm a responsabilidade de atender de forma mais humanizada, rápida e eficaz as mulheres que sofrem algum tipo de agressão. Em um só lugar as vítimas encontram assistência médica, psicológica e jurídica, com postos da Defensoria Pública, da Delegacia de Defesa da Mulher, da Promotoria Pública e Vara Especializada da Mulher.

"O local escolhido é muito adequado porque fica perto de pontos finais de ônibus, e por isso é de fácil acesso. O lugar vai concentrar todos os serviços que a mulher precisa neste momento difícil", comemorou a coordenadora Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, juíza Hermínia Maria Azoury.

A Coordenação do TJES também irá implantar no município o programa Botão do Pânico, uma iniciativa inédita em parceria com a Prefeitura Municipal de Vitória e o Instituto Nacional de Tecnologia Preventiva (INTP) que beneficia mulheres sob medidas protetivas da Justiça. São mulheres vítimas de violência doméstica, cujos agressores são proibidos pela Justiça de se aproximarem delas.

O Botão do Pânico é um dispositivo discreto. A partir do momento em que é acionado ele se transforma numa escuta de alto desempenho e permitirá à Central de Monitoramento da Guarda Municipal de Linhares não apenas localizar onde se encontra a mulher em risco, mas também monitorar e gravar eventuais diálogos para efeito de prova, enquanto agentes da Guarda vão ao encontro da vítima para intervir e impedir o desfecho da violência.

"A Guarda Municipal de Linhares já tem o espaço onde o Instituto vai aplicar o monitoramento para termos uma boa experiência, a exemplo do que já temos em Vitória", informou a juíza Hermínia Azoury.